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05/03/2011

Mongas Apaixonadas.

Meninas nascem e crescem com a filosofia de que são obrigadas a encontrar o príncipe encantado, o cara perdeito e ficar com ele o resto da vida.
Meninas nascem e crescem com a responsabilidade e a noção que terão de casar, cuidar da casa, cuidar do marido e dos filhos.
Meninas crescem com a ideia de que elas precisam, antes de ser delas mesmas, do marido.
Quando uma meninas pensa em revolucionar, em mudar toda a história que já esta predestinadamente escrita, são tachadas de loucas, rebeldes e insensatas. Terão sim que engravidar, criar, envelhcer, morrer, nessa ordem e sem alteração. Nascem e morrem para serem escravas.
Entretanto, existem meninas que, mesmo dizendo que não, que não compartilharam com essa ideia bizonha de sou-obrigada-a-casar-e-ter-meus-filhos-e-meu-marido, lá no fundo ainda sonham tudo isso.
Eu sonhava, eu queria mesmo sabendo que não daria certo, que prosseguir seria burrice, seria dar um tiro no pé, eu não ligava. Eu queria, eu conseguiria. Mas não é bem assim que as coisas acontecem. Ir atrás doí. Fugir do óbvio é dolorido. Encarar o óbvio, é suicídio.
As vezes demora pra se perceber isso e quando se percebe, é tarde demais pra qualquer possibilidade de remendo, de junção de um coração quebrado e esmiuçado pela própria burrice.
Menina mesmo não querendo, acaba caíndo na esperança, na ilusão. Meninas ceticas sentimentalmente não existem. Podem até existir, mas uma hora elas caem e ralam-se todinhas, pior do que as bobinhas e monguinhas apaixonadas.
Meninos não tem coração. Meninos, o alfa e o ômega. A prioridade do mundo humano. Homens, irresponsáveis. Reflexo na humanidade.