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28/11/2010

Sobre filmes e quebra-cabeças

Sei que eu já te chamei de safado, sem vergonha; que já bati com a porta na sua cara e ignorei todos os seus chamados. E com essa ceninha de mulher boazinha, só o que consegui foi me dar mal e te perder. É que eu queria ser tanto e tão pouco deu certo. Achei que fosse como nos filmes que, quanto mais a mocinha rejeita o amado, mas ele gosta dela, mas ele se apaixona. Eu queria viver um amor desses. Movimentado e empolgante. Não consegui. Me frustrei.
Tudo o que tenho agora são olhos inchados e uma dor irremediável no peito. É como se fosse uma pecinha de um quebra-cabeça que nada consegue completar. Todas as peças que tentei colocar, ficaram pequenas, não cabiam. Justamente pois ela tem o seu tamanho, suas formas e trejeitos. E eu a perdi. Perdi a pecinha que me completaria. A única.
Ela foi tentar se encaixar em outro lugar, longe de mim. E me deixou aqui, desorganizada e desajeitada, tentando buscar algo que possa suprir o seu espaço, e fracassando. Sempre.

27/11/2010

Trecho de uma carta inexistente - parte I

[...] E sei que você não teria coragem de me assumir porque é um frouxo. Frouxo, idiota e lindo. Me dá raiva como consegue ser tão idiota; indo, voltando e nunca saindo de vez. É porque você não resiste se viver longe de mim. Sim. Pois quando acontece algum problema que você não sabe como resolver, é nós meus braços que encontra refúgio; quando sua vida é um desastre, é meu numero que você disca; se está longe de casa, eu sou a ponte; se está pensativo, eu sou o chão, quando precisa de fuga, é na minha casa que você vai.
Você pode ter (e sei que tem) outras meninas, melhores que eu, mais bonitas que eu, mais magras que eu, mas elas jamais terão o que eu tenho: o dom de te decifrar. Sei os olhares que usa quando está triste, frio ou querendo conquistar. Elas pensam que você é tudo que mostra. Coitadas. Quando vejo você com uma delas, te confesso que até me dá uma certa pena. Não. Não delas, afinal, eu não as conheço e não sei como reagirão ao seu típico abandono. Mas eu sinto pena de você. Você tem toda a minha compaixão. Por ser tão fraco. Fraco por não conseguir assumir para si mesmo o que sente. Fraco e covarde. [...]

26/11/2010

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Although I try with all the forces that have, tell me you were gone never to return, I can not believe his departure. I do not trust sudden gone. Not when one takes all belongings. And I, I'm still here ...


(google translation, fail... :// )

20/11/2010

Sapatos e Desejos.

Eu tive de aprender a ser mais forte que a dor do abandono. Tive de aprender a ser maior que a ferida que você deixou aberta quando partiu. Tive de continuar fazendo a maquiagem para disfarçar o inchacho e a vermelhidão do meu rosto. Eu tive de parar de ir a alguns lugares para que pudesse não lembrar. Tive de arrancar meus pulmões, para que o ar voltasse a fluir. E fui obrigada a estraçalhar meu coração para poder remontá-lo e achar um bom motivo para voltar a amar.

In The Darkness

Completamente nua. Sem segredos, sem falas ou mascaras. Chorando todas as lágrimas que seus olhos tinham capacidade de colocar pra fora, todas as dores que seu coração não conseguia mais suportar.Ela precisava de um refúgio, algo ou alguém que a resgatasse daquela situação desesperadora. Não queria novamente se entregar ao uísque e as carreiras dec ocaína, coisas que tinha abandonado por causa dele e que agora por causa dele voltava a cair. Quando tiraram a tampa daquela fossa? Quando tropeçou e não viu? Quando ele a abandonou? OU quando ele se deixou de mão? Não sabe. Não consegue responder. Nunca soube, na verdade. Era melhor. Doía menos; não que não saber o que era ou quem era não doesse, mas com certeza, o desconhecimento era mais ameno, mais tolerável.

19/11/2010

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Ele: Ei, vamos brincar?
Ela: Brincar? De que?
Ele: Uma brincadeira muito divertida. Vamos pegar o coração de alguém e pisar, quebrar, cortar, magoar, vamos fazer misérias com ele.
Ela: Mas isso não é divertido...
Ele: Então por que você achou quando fez isso com o meu?

15/11/2010

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A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor. Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis.


[Fernanda Young]

13/11/2010

Eu fico com a inocência das respostas das crianças...


[Baseado em fatos reais. Os nomes foram trocados para preservar a privacidade dos envolvidos.]

- Seu Adaílton... - grita Julinho ao sair correndo de seu quarto.
- Fale garoto - responde o homem ao menino.
- É verdade que a Letícia e o Gerônimo são namorados?
- Como é, filho? - responde o senhor, atônito.
- A Letícia e o Gerônimo. Namorados. Eles são?
- Não sei, pequeno. Nem sabia que eles já se conheciam... Mas por que você diz isso?
- Porque o Gerônimo tá mexendo no cabelo da Lê, e ela tá olhando pra ele com cara de babaca; e uma vez, o mano me disse, que quando uma menina olha para um garoto com cara de retardada, é que ela gosta dele.
- Tudo bem Julinho, mas isso não quer dizer que eles sejam namorados - diz Rogério, pai de Julinho.
- Mas é que ele também olha pra ela com cara de peixe morto... E eles quase se beijaram...
- É? - pergunta admirada Patrícia, a mãe do Julinho.
- Sim mamãe! Coisa nojenta ficar grudado daquele jeito, parecendo dois cachorros brigando...
- Mas pequeno - Adaílton, saindo do choque, volta dizer - se eles se gostam, é normal que se beijem, se abracem, troquem carinhos e fiquem se olhando com cara de babaca, como você mesmo disse.
- E o senhor não vai xingar ele depois? Não vai falar nada para ele? Nada. Nadinha?
- Claro que não Julinho! E até fico feliz em ver meu filho apaixonado. Ele já está na idade de namorar, casar, ter filhinhos curiosos assim como você...
- Mas seu Adaílton.. Apaixonado?
- Sim Julinho. Apaixonado. Amando. Enlouquecido...
- E uma pessoa quando tá apaixonada, ela fica assim como eles, babaca, bobalhão?
- Fica. E às vezes, até pior.
- Mamãe...
- Fale Julinho!
- Não deixa nunca eu me apaixonar, tá!?

11/11/2010

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Entre prédios e arranha-céu
Nada é igual, isso pra mim não é normal.
Quero voltar pra minha pequena cidade.
Aonde eu nasci, aonde eu cresci.


[Banda Phayzer]

Fragmentos.

Contrariando aquele compromisso
Talvez fosse difícil te contar
Talvez fosse complicado me entender
Mas existem fatos que não se explicam
E este com certeza é um
Eu sumo buscando meus sonhos
Você ressurge trazendo outros
É como um pesadelo do qual nunca vou acordar
Fico dando voltas e voltas no mesmo lugar
Queria poder sair daqui
Procurar uma nova saída
Para uma mesma e velha situação
Na qual eu nunca deveria ter entrado
Nunca deveria ter ficado
E agora sentada no chão frio
Fico chorando as velhas lágrimas
De um amor que era tudo e tão bobo
Agora nada disto sobrou
Além de fragmentos jogados ao chão
E de mim, juntando os cacos
Para tentar reconstruir
Uma história marcada por pedaços
Pedaços meus.
Seus pedaços.
Nosso pedaços.
Alguns pedaços.

07/11/2010

Porque fui eu.


Faz tempo que não ouço a sua voz
Só liguei para ver como está
Se a vida continua da mesma maneira
Ou se algo mudou nesses dois anos
Queria saber se o tempo já te curou
De todas as feridas que a minha fraqueza te fez
Se a cicatriz está fechada
Ou se ainda sagra as vezes
Sei que nunca fui a melhor pessoa
Eu só não quis te fazer sofrer
Mas fracassei em todas as tentativas
E toda lágrima que cair de seus olhos
Vai doer em mim
Porque fui eu que te causei essas dores
Porque fui eu que não soube te fazer feliz
Nossas vidas seguiram rumos opostos, eu sei
Mas eu quero saber se você lembra
De todos aqueles beijos que te roubei
Na chuva
Só tenho medo de todas essas lembranças
Te fazerem doer, te fazerem chorar
Nunca fui quem você sempre quis
Mas agora quero que saibas
Que toda a lágrima que eu chorar
Será dolorida como a sua ausência
E vai ser como uma vingança do tempo em seu nome
Me lembrando que fui eu
Quem te fez chorar.


Não sei o que é isso. Se é música, poema ou poesia.
Só fiz. Inspirada em uma pessoa que eu quase não conheço.
Mas enfim.
Estamos ai. : )

02/11/2010

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Um brinde a nós dois. Que a vida reuniu, separou, fragmentou e não conseguiu, simplesmente não conseguiu derrubar porque nós somos pessoas melhores – e também piores – porque estamos juntos.


[Desconhecido]




e para sempre seremos melhores.
para sempre seremos mais fortes.
para sempre seremos apenas nós dois.
um contando com o outro e o outro com o um.
é muito mais que uma simples história passageira.
é infindável.