Páginas

07/01/2013

Equality. Igualidad. Igualdade.




Baseado nesse texto aqui: 



Nunca tinha lido o Sakamoto. Não por indisposição, mas por não conhecer o seu trabalho. Estranho isso, eu que tanto "investigo" na rede, desconhecer o trabalho genial desse cara. Hoje por acaso, esse texto caiu no colo, por assim dizer.
Não sou reacionária. Tampouco revolucionária. Defensora dos fracos e oprimidos não faz parte da minha missão de vida, eu acho. Mas sou a favor de direitos iguais, de um sistema igualitário.

Nascemos e morremos da mesma maneira. Mas somos diferenciados mesmo antes de nascer. Lá pelo quarto/quinto mês de gestação, quando aparece no ultrassom se seremos homens-que-obrigatoriamente-irão-salvar-o-mundo ou mulheres-fadadas-a-obrigação-de-cuidar-da-família-e-ser-submissa. Rosa menina. Azul menino. Não entendo o porquê dessa diferenciação se, tãnãn, somos iguais.

Menina não pode jogar futebol. Menino não pode brincar de casinha. Menina só gosta de boneca. Menino não pode usar rosa e suas variantes. É feio menina ficar brigando e ter atos/atitudes violentas. Menino é como leão, o dono. Meninas não podem ser donas de si. Meninos tem a obrigação de serem ricos. E idiotas que pensam assim tem a obrigação de permanecerem em silêncio.

Cresci em meio a garotos. Aliás, sempre tive uma relação de amizade muito mais forte com eles que gostavam de brincar, de correr, de se sujar, do que tive com as meninas que eram bonecas de vestidos rosa e olha-como-o-meu-cabelo-tá-bonito aos 7 anos de idade. E isso não fez de mim uma delinquente. Muito pelo contrário, meu caráter e personalidade fortes foram definidos por essa escolha. Sempre friso que enquanto as garotas que eu conhecia eram só frescura, eu me divertia bem mais me sujando.

O que diferencia brinquedo de menino e menina? Pela cor? Pelo o que é?
Sou da seguinte opinião (roubada do texto maravilhoso do Sakamoto): vibra? Se a resposta for sim, não é para crianças. Se for não, serve para ambos. Não vejo problema em desmistificar essa lenda e deixar um menino brincar de comidinha. Quem sabe quando crescer não vire um grande chef e orgulhe a família assim? Ou se a menina quiser jogar futebol, deixe que jogue, quem sabe ela não é a nova Marta, Formiga, Cristiane?! E aviso aos lunáticos de plantão, não é porque mulher joga futebol que é lésbica. Estereotipo é tão cruel quando um chute nas bolas/soco nos seios, sabiam!? Espero que sim.

Só algumas conclusões que eu cheguem em alguns meses de reflexão. Lugar de mulher é na política, na polícia, no jornal, no livro, no exercito, na guerra. Lugar de mulher é onde ELA QUISER! Assim como lugar de homem é na dança, na cozinha, no teatro, onde ELE QUISER. Cada um escolhe o que quer ser quando crescer.