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29/12/2011

Efeitos De Revoltas Apaixonadas.

 E quanto mais esforço você faz pra me afastar, você obtêm o efeito reverso. Você só não me afasta como ainda me aproxima muito mais de você. Infantilidade masculina querendo repelir me fascina. Mostra que você é apenas uma criança que tem sentimento bem ortodoxos e os sente como homem feito que ainda não é.
Queria saber o que te assusta em estar apaixonado. É tão apavorante assim não saber lidar com tudo isso? Não entendo que tanto medo você tem. Admita: Você ama. Se não fosse, então porque se esforçar tanto para chamar a atenção?
Se você entendesse que quando você sente o cheiro do outro e aquilo se torna pior que a cocaína, não tem mais volta. Você entrou num mundo paralelo de onde só você pode sair. Mas não apenas se quiser sair. Ninguém sai do estado de amor se quiser. É preciso muito mais que vontade, é preciso uma espécie de merecimento para que isso aconteça. E você não quer e nem merece.

17/12/2011

Prender-se Em Liberdade Libertária


Sempre curti o impulso da liberdade sem medidas. Sempre achei a coisa mais fantástica do mundo, colocar uma mochila nas costas, uma grana no bolso, uma câmera na mão e sair para se aventurar sem rumo. Trilha, alpinismo ou qualquer que fosse o movimento. Se fosse possível explorável todas as minhas vontade mais ousadas, estava dentro. Mas se não oferecesse tanta oportunidade para novo, uma boa paisagem bastava.

Levando isso em conta, percebi que fui feita para ser pássaro. Livre e pronta para migrar rumo ao desconhecido. Fazer de cada galho meu lar e improvisar morada ali, já sabendo que não duraria minha estada. Meu instinto agitado me fez nômade por natureza e com orgulho.

E penso também se devo ser assim em relacionamentos. De todas as espécies. Desde a mais simples amizade até a relação com a família. Indo e vindo o tempo todo. A vida desgasta. Não há amor que resista as mais cruéis ausências. Inevitável a dor para ambos os lados. E com toda essa tecnologia só faz doer mais o peito, podendo ver mas sem abraçar, beijar, agarrar. Minha vida tem dessas coisas. Sabia dessas consequências quando escolhi ser o sou. Conhecia que teria de conviver com a importunação da saudade diariamente.

Se eu pudesse, levava todos comigo para onde quer que eu fosse. Roubaria um por um que sequestrou meu coração em cada canto onde descansei minhas asas e levaria comigo para explorar o mundo. Mas é tão difícil.

Quem escolhe ser, o faz de coração, amando até a última consequência dessa decisão. É preciso ser, além de tudo, forte e bom na interpretação, porque quando a saudade aperta o coração não tem blindagem e não se pode deixar transparecer público a dor. Quem é, não tem passado visível, apenas presente instável e futuro incerto.

Ser livre tem dessas contradições. Se ama o que se esconde. E se mostra amar apenas aquilo que se exibe.

Doí ser pássaro.

16/12/2011

Um Ponto de Equílibrio Nessa Existência Fudida.


Eu posso esbravejar, brigar com Deus e reclamar o quanto a vida não tem sido fácil para mim. Posso sentar no meio fio da calçada e chorar todas as mágoas que possam existir dentro do meu coração. Posso reclamar que por não ter o corpo perfeito, o cabelo perfeito, os familiares perfeitos. Posso demonstrar todo o meu descontentamento por não conseguir arrumar minha vida amorosa de nenhum jeito.

Só não posso reclamar que não tenho amigos perfeitos. Meus amigos são mais além do que isso. Eles se mostram fortes a cada momento. Eles me seguram sempre e em toda escorregada. São muito mais que presença. São ouvidos, olhos, ombros, sorrisos e lágrimas. Se fazem importantes mesmo que não digam uma palavra. Nosso relacionamento transpassa isso. Um olhar. Basta. Nossos olhos são os caminhos para descobrir boas e más histórias. São mais que simples palavras podem tentar dizer ou atitudes podem tentar demonstrar. É um amor descomedido da vida. São simples mentes em uma simples cidade.

Eu poderia reclamar de tudo isso, mas tendo em visão meus amigos, meus companheiros da barcas boas e ruins, não.
Só por hoje eu quero poder sorrir e ter o direito de ser feliz. Me afogo outro dia no rio que é a dor, mas só por hoje eu quero poder sorrir como nunca antes e aproveitar esse dia, como se fosse o mais importante até que chegue o próximo.
Com eles, os meus amores.

15/12/2011

Anjo


Hoje eu acordei mais cedo e fiquei te olhando dormir.
Imaginei algum suposto medo para que tão logo pudesse te cobrir.
Tenho cuidado de você todo esse tempo, você está sob meu abraço e minha proteção.
Tenho visto você errar e crescer, amar e voar, você sabe onde pousar.
Ao acordar já terei partido, ficarei de longe escondido mas sempre perto decerto.
Como se fosse humano, vivo pra te cuidar, te proteger sem você me ver, sem saber quem sou.
Se sou anjo ou se sou, seu amor.

[Saulo Fernandes]

 

11/12/2011

Sin curso


E com toda a humildade que foi me dada, baixo as armas.
Jogo as chaves e desisto das correntes.
Não por desistência. Não por fraqueza. Não por não ser capaz. Não por ausência de coragem ou garra.
Mas nesse jogo, eu fui derrotada.
Por mim, pela minha imaturidade e insuficiência.
Sonhava poder ficar. Mas a escolha não foi minha.
Porém levo comigo cada sorriso.
Parto agora, pois minha estrada é longa demais e eu não sei se mais tarde terei forças para poder levantar-me do chão.


10/12/2011



Então não vou deixá-lo chegar perto o suficiente para me machucar, 
Não, eu não vou te perguntar, você só me abandona, 
Eu não posso dar o que você pensa que você me deu, 
É hora de dizer adeus a essas reviravoltas. 


[Adele - Turning Tables]


09/12/2011

My Foots. Best Of All.



Depois que eu o conheci, nunca mais consegui olhar para os meus pés da mesma forma.
Não apenas me sustentam, não somente me levam.
E não há mais nada a ser entendido. O que há é para ser sentido.
E muito.

02/12/2011

Daqui Para Sempre: Apresentando ATE 2011/2014



Sempre fui muito sentimental. E isso não é segredo para ninguém. É corriqueiro as pessoas me verem chorando por ai ou com uma alegria incomensurável. Mas não é esse ponto do sentimentalismo que eu quero chegar. Por ser desse jeito, me entrego, me apego demais as coisas ou as pessoas.

Pois bem, não é diferente nesse momento que passamos agora em nossas vidas. Faculdade, não é uma coisa tão banal e deve ser relatada. Lembro do inicio, aquela timidez esperada, o encontro repentino, os primeiros desafetos feitos apenas com o visual. Era visível a esperança no rosto de cada um. Os mais variados jeitos e as mais diferentes personalidades, vindos de tantos lugares distintos, era imaginável que essa miscigenação não daria certo de maneira nenhuma.

Mas deu. Dai então, formaram-se os primeiros grupos. E não houvesse o que poderia ser feitos para separá-los. Macumba, trabalho em duplas, conversas aleatórias eram sempre entre os seus. Demorou um pouco para acontecer a integração total. E desde então quando a mistura se misturou e deu origem ao que fomos nos tornando.

E com essa integralização generalizada, acabamos revendo conceitos, atitudes e primeiras impressões. "Quem sabe se a fresquinha não fosse tão fresquinha assim e tenha uma cabeça legal?" "É bom ir aos poucos conhecendo pra ver quem realmente vale a pena!" "Não custa nada dar uma chance pra pessoa mostrar o que é de verdade", eram as frases que mais fluíam na minha cabeça. E valeu a pena ter as seguido e ser guiada pela intuição.

Nada melhor que a convivência para mostrar quem usa máscaras e quem ali é de verdade. O nerd, o nerd arrogante, a esforçada porém simpática, a metidinha, a furiosa, a menininha, o engraçado, a líder nata, a festeira, o cachaceiro, o piloto de corrida, o fraco, o que significa, a palhaça depressiva, o cavalo, a infantil, a introvertida e tantos outros. Éramos perfeitos pelo que éramos, pelo que somos. E a nossa força foi se tornando unidade. Sofremos uma baixa no meio do percurso e sofremos juntos (ou grande parte sofreu) cada momento de angústia junto com ela. Torcemos, oramos, pensamos positivo e ganhamos! Nosso time depois de um tempo dolorido, voltou completo e com força total. Sabíamos que quando unidos, nada nos venceria. Nem uma doença sinistra.

Ajudamo-nos sempre que possível. Ficamos tristes com os desvios que a vida nos fez tomar. Nos angustiamos, quase ficamos carecas e prometemos nos empenhar no próximo semestre, sempre que chegava o fim de semestre e seu desespero inevitável. Chega a ser engraçado como as patadas se tornam cotidianas e depois que passa o estresse, são motivos de piadas nas rodinhas de conversa pelos botecos a fora por nessa cidade.

Rimos, choramos, torcemos, cantamos, corremos, subimos, descemos, estudamos, bebemos (e como! alguns até bem mais que o necessário) e o mais importante: aprendemos que nem tudo é como imaginamos e que todos vão nos magoar de alguma forma. Cabe a nós, magoados, tristes ou seja lá como nos sentirmos, erguer-nos do chão, limpar a areia dos joelhos, ter humildade para perdoar, erguer a cabeça e seguir em frente. Nem todos conseguirão pois o ego narcisista é tão grande que serão incapazes de sequer perceberem que estão no chão, dirá serem humildes a perdoar.

Aos que souberem, além de terem minha admiração, recebem agora um recado meu: vocês são grandes e serão maiores quando mais tarde perceberem que o que vocês aprenderam não lhes rendeu apenas um diploma, mas sim a virtude de serem grandes por saberem que se tornaram aquilo que seus pais sempre esperaram de vocês: se transformaram em pessoas do bem.

Do fundo do meu coração, esse ano foi maravilhoso e espero que os próximos três anos sejam para vocês o que os próximos quatro serão para mim: perfeitos.

Os deixo com o coração em cacos, mas a gente não pode desistir do que sonha né?! Aprendi isso com com vocês! Aprendi muito com todos vocês, sem exceção, aprendi como ser e como não ser e espero ter ensinado também. Espero que meu sorriso tenha confortado ou motivado alguém; se houver, sinto que a minha missão entre vocês foi cumprida.

Desejo-lhes todo o sucesso do mundo, assim como a maioria de vocês deseja para mim.
Espero poder entrevistá-los sobre a situação financeira do Brasil algum dia. Confio em vocês, acredito em vocês.


Com todo amor 
que eu poderia sentir e até bem mais que isso,
Lia Brahm Xavier, 
EX-ATE 2011/2014