Páginas

26/12/2010

Pensando...

Nessa época, todo mundo pensa: ano que vez será diferente, ano que vem eu vou mudar de vida, ano que vem vou arrumar um bom partido, um emprego, entrar na faculdade. Ano que vem.
Pensam que é o ano que vem que irá trazer as mudanças, que vai fazer transformações radicais e mais um monte de coisa.
Só que, o que ninguém se lembra é que um ano novo jamais irá tomar um decisão importantíssima, o ano novo não irá fazer aquela entrevista de emprego ou aquele vestibular difícilimo daquela faculdade conceituada. Não vai fazer você parar de beber, fumar ou vai te fazer aquela pessoa que tanto te fez mal no ano que passou.
Ninguém lembra que não existem milagres instantâneos, ou que é só fazer o seu pedido e contar 3, 2 1 e ele vai se realizar. NÃO!

Nada muda, se você não mudar!

eu só queria que ele lembrasse de mim...


Como eu lembro dele.

12/12/2010

Dani

Dane-se a rima, a concordância
Dane-se o tudo, o nada
Dane-se o presente, o futuro
Dane-se a chuva, o dia de praia
Dane-se a casa, o campo
Dane-se a alegria, a tristeza
No peito de cada um
Dane-se a graça, a piada
Dane-se o valer a pena
Dane-se o erro inevitável
A vitória conquistada
Dane-se a batalha perdida
Dane-se o plante e sua falta de água
Dane-se o sentimento sincero, o verdadeiro
Dane-se o meu eu
Cheio de esntrelinhas e interogações
Dane-se o seu eu
De certezas absolutas e ego abundante
Dane-se eu
Dane-se você
Dane-se Dani.

Nothing.

Não há como fugir
Basta apenas decidir
Se vamos seguir em frente com esse jogo
Como se eu ou você fosse um bobo
Fingindo que não machuca
Mostrando que não tortura
Ninguém está errado
E eu ainda não estou acordado
Para tantas coisas imbecis
Nada em nós morreu
Nada em nós existiu
E doí fingir
Que essas frases não doem
Assusta perceber
Que não existiram verdade
Que essa
Foi só uma história inventada
Para enganar dois corações
Angusttiados, amargurados
Na solidão.

10/12/2010

Green Eyes

Eram olhos de tão rara beleza
Verdes que seduziam qualquer homem
Olhos de messalina amargurada
Tinham traços fortes e marcantes
Demostravam o sofrimento que havia
Traduziam melodias
Eram olhos que não se esqueciam
A quem aquele verde conquistava
Vivia perturbado devido a lembrança
Olhos maculados
Que já viram e contribuiram com o pecado do mundo
Olhos verdes traiçoeiros
Que não perdoavam
Não largavam
Não. Somente não.


Primeira e talvez única vez,
que escrevo um post inspirada em mim.

05/12/2010

Diário de Uma Puta - página 27

E mais um dia que acaba essa tortura. Não aguentava mais aquele salto, aquele frio. A única coisa que eu quero agora é tomar um banho, colocar uma roupa quentinha e ir dormir. Fico me perguntando até quando terei de aguentar essaa rotina tão repulsiva.
Todos aqueles homens... de tantas formas, jeitos, idades, cores... não sei até quando aguentarei. as vezes me pergunto como parei nessa situação, mas como sempre, não acho nenhuma resposta. Se a cocaína não fosse tão cara e minha mãe ainda me aceitasse, voltaria correndo para o Alegrete. Sinto tanta saudade dos meus pais; do Henrique e do Fernando, meus bons irmãos de guerra. Mas aqui; Porto Alegre é tão suja quanto eu.
E pra piorar, eu esperava que ele fosse lá. Não foi. Fiquei esperando e ele não foi. Tudo bem, o entendo. E eu sei que jamais poderia me apaixonar por ele, mas... aconteceu! Sei que ele nunca vai olhar pra mim, afinal o que eu sou, além de uma pobre puta que precisa do dinheiro dos programas para se drogar. E por isso, choro todas as noites, quando chego em casa, chapada e com o nariz anestesiado por causa da droga. Preciso sair das ruas logo, preciso sair dessa vida.
Mas não existe solução. Não tô disposta a largar a branca, pra me dar ao luxo de deixar de sentir aqueles velhos caquéticos e nojentos, tocando o meu corpo de todas as maneiras inimagináveis. Minha vontade é, um dia, matar um tarado desses, para vingar a mim e a classe. Tenho vontade também de bater até matar, aqueles que passam a mão em todo o seu corpo na rua e depois não querem o programa. Mas não poso nenhuma das duas. Se fizer, serei presa. E será pior.
Quero um dia sair dessa vida e trabalhar como qualquer outra garota nomral de 22 anos. Um trabalho decente, diurno; onde eu não precise mostrar meu corpo e tampouco usá-lo. Já sofri demais. Sei que pode não parecer, mas eu tenho um sonho. Eu quero apenas ser uma garota normal, que trabalha, fas faculdade e vive decentemente. Só isso.

04/12/2010

I Need.. I Miss..


Preciso respirar. Preciso novamente sentir o tocar da sua pele quente sobre a minha, gelada. Preciso rir das piadas sem graça que só a gente encontra sentido. Preciso de novo me sentir um meio termo entre uma santa e puta. Preciso do frio do inverno. Preciso ver seus olhos com repulsa da luz ao acordar. Preciso sentir o entrelaçar dos seus dedos nos meus. Preciso jogar tudo pra o alto e sair correndo. Preciso ver o seu sorriso consolando as minhas lágrimas. Preciso. Você. Agora. Sempre.

03/12/2010

Never Hapiness

Na chuva, 8 da noite. Feriado. Minhas lágrimas caiam ao chão e se confundiam com as gotas. Estava disposta a terminar tudo. Na sacola, uma seringa e uma ampola enorme de adrenalina. Eu faria aquilo, te tendo como testemunha. Já até havia decorado as minhas últimas palavras por semanas e agora chegara à hora de pronunciá-las.
Oito e 15. A tempestade aumenta e os ventos ficam mais fortes. Nada me importa. As pessoas se perguntavam por que eu andava sozinha, pranteando na chuva. Elas não entendem sobre a dor. Nunca as machucaram de maneira profunda, nunca tiveram um sonho quebrado, que só o tempo tempestivo saberia entender tamanha revolta.
Oito e 37. Chego em frente ao seu prédio. Vestido encharcado, salto quebrado, maquiagem inexistente, restando apenas um pouco de preto em volta aos meus olhos vermelhos e inchados. De joelhos. É a minha última chance de vingar o que me fez. Interfone tocando.
Oito e 44. Velas e flores. Boa noite! O que é isso? Mais uma tentativa de me conquistar, jogar, brincar, dispensar. Chega. Não consigo mais. Então declamo o discurso. "Existem coisas que precisamos matar para que possamos seguir em frente."
A agulha encontra seu braço. Antes de você cair, você diz que me ama. Agora é tarde. Fim. Parada cardiorrespiratória. Homicídio doloso. 12 anos. Antes de ir, abro seu uísque caro. Vamos comemorar.
Agora eu estou presa. Você, não sei. Eu sinto muito e sinto sua falta. Mas nos encontraremos em breve. A corda que roubei da cela ao lado, já está armada. Até daqui a pouco, benzinho. ENCONTRO-TE NO INFERNO.

01/12/2010

Only a girl


Na fria madrugada
Quando todos os anjos se calam
Quando a beleza é exposta nua
Uma lágrima rola pelo seu rosto
De olhos que gritam inconstantes
Olhos que procuram soluções
Um pouco de compreensão
Seria possível em um dia qualquer
Recuperar todos os sonhos dilacerados
De menina ingênua que já foi
Da boneca que queria se tornar
Pobre garota
Quem poderá ajudá-la?
Seu pai desistiu da vida
Sua mãe morreu no parto
Por que sofre tanto?
Culpa de vidas passadas?
Ninguém lhe dá respostas
E enquanto o próximo carro não para
Pode recuperar o ânimo
Refazer a maquiagem
E sair...
Quando acordarem os anjos
Ela estará dormindo
E poderá ser como qualquer outra
Sã, intacta e inocente
Ser apenas, menina