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31/10/2014

No quarto andar as pessoas são plásticas tentando ensinar como se transformar em aço. Ironia que ninguém faz a mínima questão de corrigir. Todas estão muito ocupados em suas graficidades para preocuparem-se se o mundo lá fora está acabando em fogo ou gelo. Ou no final das contas o mundo deles não acabe, apenas recrie-se através de números que eu não almejo pra mim.
No quarto andar eles te roubam a vida e não se importam se a máquina um dia dominar o planeta. Ali não existe sentimento, apenas uma vontade de pisar sobre cada um e imperar sua vontade magna. Engana-se quem acha que o amor não existe é em SP, é ali, no corredor em silêncio que mora toda a indiferença. salvo alguns poucos que ainda sobressaem-se sobre toda essa reinação. Minha esperança está sobre esses, que não se dobram, não se moldam. E que ainda gritam que o amor é mais importante que os números, que ainda insistem nas lágrimas. Aqueles que ainda tem seus corações despedaçados pelas coisas bobas da vida. E que são feliz com essas mesmas bobagens.
No quarto andar as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas se as máquinas souberem dialogar com os espantalhos que ainda pregam que todos precisam de um coração, talvez possa voltar a existir oxigênio.