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29/05/2011

Cantava em dó menores em busca da inspiração que sempre tive.
Buscava me aliviar de todos aqueles pensamentos obscuros que até então tomavam conta da minha mente.
Trancafiada e claustrofobicamente desesperada, procurava uma saída rápida e eficaz.
Não suportava mais me encontrar com todas aquelas coisa de novo. Já doeu uma vez, já chorei uma vez, chega!
E tento seguir cavando e a cada pá de lembranças, reaparecem coisas, gestos, momentos, pessoas.
Inevitável, dolorido, necessário. Insuportável, fugir.Mas fugir da fuga para voltar é insanidade.
Não saída além do combate contra todo esse fantasmagórico passado.
Minhas cicatrizes internas latejam como em prenúncio de chuva. Elas reconhecem as tempestades e sabem que dessa vez, serão atingidas e reabertas.
Elas são tão covardes quanto eu.