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20/04/2012

Fragmentos Anexados.

Sentada no alto da pedra mais alta vendo o tempo passar se arrastando. O vento bate em meu cabelo de cachos mal feitos e desgrenhados, fazendo com que meus pensamentos incertos misturem-se, gerando uma confusão mental generalizada. Coisas passadas voltando a serem remoídas pelas lembranças roídas de uma época gostosa.
Lembranças que em todas tem um pedacinho de você. Do seu cheiro. Do seu jeito. Dos seus abraços e beijos que senti apenas uma vez. Se pudesse voltar, não precisaria nem ser no tempo, voltar apenas para sentir, voltaria aquela noite amena de quase outono onde seus braços tão presos a mim, pareciam pertencer mais ao meu corpo que ao seu e o mundo parecia inerte, apenas vendo a nossa entrega.

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Da pedra mais alta é solitário e melancólico lembrar de você. Do seu sorriso de garoto  do seu cabelo loiro bagunçado. Pequenos detalhes e tantos significados. Por bastante tempo, essas foram as coisas que cercavam-me quando colocava a cabeça no travesseiro depois de um dia cansativo. Você me rondava mesmo ausente. E eu imaginava como seria acordar ao seu lado, ver a tua cara amassada e ter a legítima convicção de querer isso para todos os dias da minha vida.