Páginas

27/05/2010

confissões de uma bebada em crise.

Tem dias que eu não queria dormir para não ter de acordar no dia seguinte com a consciência pesada por causa da dúvida. A dúvida de quem eu sou, a dúvida do que vou querer ser, querer fazer, do certo e do errado, do bem e do mal, a dúvida do meu caratér e da minha personalidade.
Mulher tem dessas coisas, né!? A tal da crise de identidade, e eu mais ainda, complicada por natureza, indecisa por natureza, complexada por natureza, nada mais normal sofrer disso; de um dia me achar a gostosa aquela que conseguiria pegar até o Bruno Gagliasso (ah, se ele fosse solteiro...), e faria o coitado em frangalhos. E a na manhã seguinte, me sentir a pessoas mais vagabunda da face da terra; mais puta que as próprias putas.
Mas sei lá, acho que minha bipolaridade também explica um pouco isso. Eu sei, não precisa me dizer, eu sei que sou anormal. Mas não precisa me confundir com um ET também. Sou a louquinha aquela que assusta todo mundo a primeira vista e faz todo mundo sair correndo apavorado de suas ideias sordidas e perversas. Tá, mas espera um pouco, perversão agora virou crime ou defeito? Se sim, então protejam-se do cada um por si e Deus por todos, porque o mundo vai virar um antro de anarquistas radicais revoltos; e aoutra, se perversão fosse pecado, ninguém chegaria a lugar algum. Só que a fuga precipitada das pessoas dessa tal louca-maniaca-efusiva-que-vai-dominar-a-terra, é realmente precipitada. Não é bem assim, poxa! Posso ser um tanto doid, mas tenho minhas opiniões, minhas críticas e minha visão de mundo e , se isso afeta a fraqueza da raça humana, não posso fazer nada e a culpa não é minha.
Talvez Clarice conseguiria me definir, ou até mesmo Martha, mas o pobre Freud daria voltas e mais voltas no túmulo. Sei que sou esquisita à beça, chata, um porre, instável pra caralho, mas me deixa assim porra. E também não admito que queiram me tirar a garrafa de cachaça e meu maço de cigarros vagabundos, eu já disse uma vez e repito: Não tenho uma expectativa de vida muito boa mesmo. E se eu tiver que ajudar a encurtar esse ato desesperado que toda a pessoa chama de viver (e eu chamo de sobreviver, porque viver é outra coisa, que até hoje ninguém sabe direito como é), vamos lá. Mãos à obra!
Sim, eu sou masoquista, cheia de problemas psicólogicos, traumas e o diabo a quatro, afinal, cada um enxerga o que tem capacidade e o que quer; e eu, apenas "reles" mortal, não contesto. Opinião cada um tem a sua. Pode jogar as cartas na mesa.
Mas só não aceito uma coisa: Não vem me dizendo que eu sou a ovelha negra da familia, não. Não sou. Qual é, ser colorido é tão mais divertido e bem mais apavorante para que mamãe e papai possam pensar na possibilidade.