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28/11/2010

Sobre filmes e quebra-cabeças

Sei que eu já te chamei de safado, sem vergonha; que já bati com a porta na sua cara e ignorei todos os seus chamados. E com essa ceninha de mulher boazinha, só o que consegui foi me dar mal e te perder. É que eu queria ser tanto e tão pouco deu certo. Achei que fosse como nos filmes que, quanto mais a mocinha rejeita o amado, mas ele gosta dela, mas ele se apaixona. Eu queria viver um amor desses. Movimentado e empolgante. Não consegui. Me frustrei.
Tudo o que tenho agora são olhos inchados e uma dor irremediável no peito. É como se fosse uma pecinha de um quebra-cabeça que nada consegue completar. Todas as peças que tentei colocar, ficaram pequenas, não cabiam. Justamente pois ela tem o seu tamanho, suas formas e trejeitos. E eu a perdi. Perdi a pecinha que me completaria. A única.
Ela foi tentar se encaixar em outro lugar, longe de mim. E me deixou aqui, desorganizada e desajeitada, tentando buscar algo que possa suprir o seu espaço, e fracassando. Sempre.