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12/05/2011

The time, change...

Sabe, no inicio eu só queria descobrir onde toda aquela brincadeira e bobajada ia dar. Nunca que eu ia me deixar levar por algo criado sem imagem, só nas palavras. Cetismo; eu não acreditava e fim. Tempo, futebol, politica, críticas construtivas, opiniões financeiras e profissionais. Surpreendentemente era muito mais que eu esperava; existia conteúdo, existia embasamento, era interessante. mas ainda assim, eu não acreditava, não acreditaria.
Dois anos. Chove e não molha. Ausência de entrega. Sentimentalismo, só o barato e encenado, afinal ele não me vê mesmo e talvez nunca veja. E interesse? Esse passou longe. Estamos bem, você ai e eu aqui. Distantes, separados, distintos. Embora não pareça, eu tenho uma vida real fora do msn e quero vivê-la.
Faculdade, estudos, neuroses, quem me deu o apoio para começar tudo isso? Ele. Era cabeça ocupada e coração vazio. Romance agora? Não, obrigada! Tô sem tempo, a faculdade consome e eu preciso ser intensa todo o momento. Me enganei.Bati na curva, avariei e me perdi. Pimba! Eu não acredito, repetia, e a coisa começava a crescer; não vai dar certo, e a coisa aumentava de tamanho. Parecia que a cada afirmação negativa que eu fazia aquela coisa - porque aquilo não poderia ser um sentimento, repentino daquele jeito, era sim uma coisa sem classificação - crescia descontroladamente.
Não sei como, onde ou porquê me perdi. Carência? Pressão? Solidão? Frio? Não, não não e não! Não sei, não faço ideia. Surgiu apareceu, agora tá aqui; todos os dias, essa bosta sem nome ri e bate na minha cara me chamando de estúpida, de burra, de monga. Eu durmo, sonho e acordo, só com isso na cabeça. Eu quero, eu preciso, alguém me ajuda? Não. Ninguém pode. Problema teu, aprende sozinha ai, sua estúpida!
Dois anos, eu não acreditava. Dois anos, eu dar importância? Não. Dois anos. Tenho minha vida diferente da dele, não vai dar certo nunca.
Dois anos... as cartas se inverteram e o jogo virou. Perdi.
Dois anos, e eu quero gritar pra que ele ouça. Gritar tudo o que está trancado. Mas a porra maldita de meu orgulho me impede, me coloca uma mordaça e me prende numa cadeira. Ao menos escrever eu posso, isso ele me permite.
As pessoas mudam em dois anos. Umas percebem o quanto estavam erradas e se enganando por todo esse tempo; outras tendem a cansar, depois de muito esforço repetitivo seguido de frustração. Mas eu só te peço uma coisa agora, por favor, não cansa agora, não desiste agora, tenta de novo, por favor!
A quadra tá feita, tá na mesa, só falta você me levar.