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24/11/2011

Samba de Estar Só Acompanhada Pelos Milhões de Mim

E se me prguntar "por que?"
Te direi "porque não sou nada convencional"
Fora das regras, regida por instinto
Nada rotineira e curiosa por natureza
Uso de expressões faciais demais
Na verdade, uso de tudo em excesso
Sorrisos, lágrimas, emoções
Um poço de imprevisão
Feita para relatar e escrever
Brincar com a matemática?
Nunca mais! Ela é cruel e machuca
Prefiro esboçar palavras perdidas
Em qualquer pedaço velho de papel
Movimentada musicalmente desrotulada
Importa mesmo disso tudo é o impacto
Nada fraco, nada morno, nada desprezível
Descontentamento demonstrado em público
Sem esforço para gostar
Só aprecio o que me conquista rápido
Precisa de jeito, preciso de classe
Pode ser qualquer coisa simples
Bem feita
Até algumas pessoas
Se bem feitas iluminam o dia
Não precisa ser bonito, não precisa ter dinheiro.
Exijo apenas que tenha senso de humor. E caráter.
Pessoas são complexas e não peço mais além que o superficial.
Mas se quiser ir mais fundo, vou junto
Porém depois não adianta querer voltar.
Se decidir, tá decidido e não aceito troca
Erra, mas não desiste
Dai então troca.
Mas prova primeiro, experimenta ir fundo
Impaciente e imprecisa
Esquece e eu viro fera
Lembra e te ergo uma estátua
Complexo, trauma e complicações.
Esse é o pacote de consequências más.
Sempre estampado na testa
Uma tatuagem negritada "PESSIMISTA!"
Não nasci, me tornei
Cabe mais, mas não quero
Encerro aqui meu discurso
Pequeno dialogo de estar só
Dentro de mim rodeada por milhões
Perdidas e diferentes entre si