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12/07/2013

Sobre a Inutilidade Da Segunda Chance

É simples.

Querer consertar, lixar e pintar as partes feias não vai mudar em nada o que aconteceu antes. Nada que cai volta intacto às mãos quando retirado do chão. Fica sempre um arranhão que mesmo escondido, se sente a ranhura.

É como aquecer comida. Ela pode ser gostosa o suficiente e não perder o sabor, mas o queijo da lasanha não derrete da mesma maneira se reaquecido. Café em segunda fervura perde o gosto. Ou assume a hipótese de jogar fora se sobrar ou vai com toda a fome do mundo e devora o que te é oferecido.

E embora se tente infinitamente lutar contra a ideia que a tudo pode se dar uma segunda chance, sempre haverá algo que impede de ser como antes. Quando existe o medo, até as palavras mudam seu tom. Muda a essência da singularidade que era. O que era único e sutil, agora se pede em frases e se conta o tempo pra não (se) machucar.

Assim como a pizza, relacionamentos não foram feitos para o micro-ondas.