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25/04/2012

Bilhetinho

Menino bonito que mora na rua que eu cruzo todos os dias, traga seu sorriso e seu cabelo loiro escuro para fora quando eu passar em frente a sua casa. E cumprimente-me com um beijo no rosto e um abraço apertado, daqueles que sufoca e faz perder o ar. Conte-me uma piada sem graça e me faça ganhar a tarde.
E quando chegar a noite e nos encontrarmos naquele ambiente tão disperso e confuso, mantenha-me atenta a histórias incomuns que se misturam entre limites, números e gráficos. Mas nem se esforce muito, não preciso de coisas elaboradas para distanciar-me de todo esse mundo. Necessito apenas olhar seus olhos castanhos tão de perto e fim, fui para tão tão distante. Então, haja naturalmente, com seu falar carregado.
Ofereça-me um cigarro, uma bebida, um abraço e uma palavra amiga, que lhe retribuo tudo em dobro. E com um carinho incomum.