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09/09/2012

Sofreguidão

Rasga perto um grito mudo de um solitário. Quem seria ele que não se contém em desespero e chora? Um som ensurdecedor que não se ouve, sente-se na alma e esmiúça o peito de tanta dor. É uma dor cega, uma dor surda. Uma dor com requintes de crueldade sonífera. Uma corda emaranhada entre os braços e pernas e pés, uma mordaça impedindo. Quem é?